quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Terra do Nunca

Que belo país vivemos. Tenho raiva de mim quando esqueço que moro no Terceiro Mundo. Fico bravo quando um serviço demora mais que o combinado, quando a qualidade entregue não foi a qualidade contratada, mas principalmente quando um governo sem governança nos chama de tolos, faz farra, e ainda permite que saibamos disso. Culpa minha. Tenho certeza. Meu país é assim. Não é um estado temporal, é uma caracteristica gravada com sangue, ferro, níqueis, dólares e cartões.
Saudade do tempo onde meu dinheiro era roubado sem que eu soubesse. Não sei o que aconteceu com nossos bons representantes que faziam seus negociós sem que tomássemos conhecimento. É a nossa Terra do Nunca.

Nunca nesse país se ouviu falar tanto em trapaças, tramóias, trambiques, trâmites ilegais, torpezas, que me amedronta só o pensamento de que abordei apenas a letra T.
Nosso Peter Pan vive na Terra do Nunca. Nunca isso, nunca aquilo, nunca aqui, nunca lá, e nunca soube de nada.

Que tal um pouco menos de nunca e um pouco mais de sempre? Sempre atendemos aos reais desejos de nosso povo, sem camuflar ou pagar para que suas necessidades fossem escondidas; Sempre que um pobre nordestino precisou de atendimento médico ele foi atendido; Sempre que um crime foi cometido, foi devidamente julgado; Sempre que a corrupção foi identificada, foi comprimida, oprimida, reprimida. Fica melhor, não fica? Mas a Terra do Nunca é fantasiosa. Os problemas são de mentira, os tesouros estão sempre lá, os 'bandidos' sempre perdem, Peter Pan sempre se safa.

Antes que me acusem de plágio, afirmo que a relação feita entre os personages criados por J. M. Barrie e o nosso belíssimo governo não é de minha criação, Diogo Mainardi em uma de suas colunas já o fez.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

AJAX for dummies reloaded

Para os que AINDA não sabem o que é o tal do AJAX, escrevi algo que conta sua história.

Há algum tempo sendo tema de palestras e dabates, Ajax vem como um alívio aos desenvolvedores web, que sentem cada vez mais encurralados a adicionar interatividade em suas aplicações.

A história começa quando no ínício do ano 1999 a Microsoft lança a versão 5 de seu navegador, incluindo uma nova funcionalidade ao seu controlador ActiveX. Trata-se da possibilidade de criar um objeto do tipo XMLHTTP, que, de acordo com documentação da Microsoft, permite que seja postada uma árvore xml para um servidor web de preferência, e obtida a resposta enviada pelo servidor para que processamentos client-side pudessem ser feitos.

A alternativa até então usada para conseguir um resultado semelhante consistia no uso de IFRAMEs (frames html que, via css, podem ser tornados invisíveis): formulários eram postados para os IFRAMEs, processados, e o resultado era, na maioria das vezes, um xml (para ser processado novamente em client-side), ou um Javascript contendo o código a ser executado pelo navegador.

O cenário hoje se assemelha muito com o anterior. Até o lançamento do Internet Explorer 7, controles ActiveX eram usados para a criação dos objetos XMLHTTP, já na nova versão, a Microsoft, permite que a requisição seja feita sem o uso de controles ActiveX, e sim através do Objeto XMLHttpRequest, cujo draft já está presente no W3C.

A respeito do navergador Mozilla, consta que desde sua versão 1.0 a funcionalidade está presente e claramente definida como uma cópia daquela presente no IE. A diferença mais visível entre as duas implementações foi, até o lançamento do IE 7, o uso de um Objeto Javascript no lugar de um controle ActiveX, objeto esse que tem o nome de XMLHttpRequest, o mesmo proposto pelo W3C, fato que não é uma coincidência.

Com a exposição em forma de Objeto Javascript pelo IE 7 e grandes esforços por parte do W3C, bem como de outros desenvolvedores de navegadores (Opera, Safari, Mozilla, e etc.), estamos muito próximos de uma solução 100% compatível com os vários clientes web.

Quando se pergunta às pessoas o que é o Ajax, as respostas sempre variam: alguns dizem que é um tecnologia, outras um paradigma, outras uma técnica, e a lista se extende. Prefiro porém acreditar (e concordar com a definição contida no Wikipedia para o termo) que trata-se de uma técnica que se utiliza de várias tecnologias. AJAX, sigla de Asynchronous Javascript And XML, consiste em fazer uso de requisições utilizando o objeto Javascript XMLHttpRequest de maneira assíncrona. Por “assíncrona”, temos que o número de requisições feitas pelo browser não corresponde necessariamente ao o número de solicitações que um usuário tem conhecimento que faz a um servidor. Cito o exemplo das famosas caixa de seleção de estado e cidade: ao selecionar um estado, o browser faz uma solicitação ao servidor informando o estado, que retorna as cidades referentes àquele estado, para então, com base na resposta presente no objeto XMLHttpRequest, popular a caixa de seleção com a nova lista.

Como um dos components da Web 2.0, AJAX tem nos feito acreditar que o mundo de Rich Web Applications é realmente possível e que estamos cada vez mais dentro dele.

Diógenes Guedes Rettori.

Referências:

http://support.microsoft.com/kb/217145/en-us

http://blogs.msdn.com/ie/archive/2006/01/23/516393.aspx

http://msdn2.microsoft.com/en-us/library/ms950766.aspx

http://adaptivepath.com/publications/essays/archives/000385.php

http://www.w3.org/TR/XMLHttpRequest/

http://www.webreference.com/xml/column58/2.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Ajax_%28programming%29

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Pois bem, cá estou.

Não pude resistir. Tamanha era a vontade de expor minhas idéias através de um blog que acabei me esquecendo de todas elas.

Realmente não imagino como o primeiro post de um blog deve ser.

Uma coisa eu sei, preciso de leitores. Exato! De que adianta escrever, se não houver quem leia? Aí me veio a idéia: vou colocar algumas palavras-chave aqui, que talvez, ajudado pelo google, alguém chegue até aqui. As apresento: sexo, playboy, BBB, big brother brasil, ronaldinho, joelho, lula, fotos, mulheres. Pois é. Tive que me vender, mas não tenho culpa, alguém precisa ler, correto?


Parabéns, se você leu até aqui, ou você é muito meu amigo, ou procurou algo que não encontrará aqui (bom, talvez me veja comentando sobre o lula algumas vezes).

Exato, chegamos ao ponto. Descobri que gosto de política. Mas não dos políticos. É o mesmo que gostar do mar, sem gostar de areia, água salgada e sol... talvez nem tanto. Gosto também de tecnologia. Trabalho com ela, ela paga meu salário. É um lance de dependência mesmo, fazer o quê?!

Considerando que aprendi que gosto de politica, e que tecnologia é meu sustento, resolvi escrever sobre o que penso e o que não penso de cada um dos temas. Espero que gostem.


(Como fui para um primeiro post?)